quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Resident Evil Degeneration

 
Certo, tentei evitar isso, mas é possível que hajam spoilers, então se ainda não assistiu pense duas vezes antes de continuar a ler cada frase após essa.


Bem, todo bom fã de Resident Evil sente falta de um filme da série, aliás, muitos bons fãs de muitas boas séries ainda aguardam um filme de suas séries, simplesmente porque o mercado hollywoodiano não tem o costume de fazer adaptações para agradar os fanboys.
Primeiro vamos esclarecer duas coisas: sim, Resident Evil Degeneration foi digno de ser um filme de Resident Evil, e não, não sou um bom fã de RE. Pra falar a verdade eu só jogo RE com amigos porque simplesmente sou medroso demais para jogar sozinho e não consigo economizar munição, prefiro ficar sentado na poltrona prestando atenção na história, juntando as pecinhas e dizendo pro cara com o controle(ou o teclado) o que fazer ou como resolver os puzzles. Um co-piloto, por assim dizer.

Agora quanto ao filme há muito para ser dito, os gráficos em CG ficaram excelentes, mas uma hora ou outra nota-se um leve serrilhamento(perdoável, já que só notei esses serrilhamentos em objetos onde está sendo aplicado Depht of Field), há um ou outro movimento tosco e nada suave típico daqueles bonecos que usavam para fazer os monstros gigantes no cinema antigo e um momento especial onde as texturas ferram e lembram aquelas CGs mais ou menos como dos primeiros Tomb Raider ou de Fallout, onde os bonecos eram detalhadinhos mas pareciam bonecos de massinha muito bem feitos. Mas tirando essas cenas, que não chegam a durar muito, os gráficos ficaram excelentes.

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Paranóia minha talvez, mas o modelo do Dr. foi animado e iluminado meio toscamente durante quase toda essa cena.

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Os efeitos utilizados são infernais(notem a Claire observando o jardim pela janela ali no canto :P)


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Aqui reparem na qualidade das texturas, da iluminação e do efeito da diferença no índice de refração do ar.

O filme se passa sete anos depois do incidente de Raccoon(ou seja, 3 anos antes de RE4, não?) e possui dois protagonistas já conhecidos por nós, Claire e Leon. Ambos bem diferentes do que a gente havia visto em RE2(embora Leon não esteja muito diferente do que em RE4). Claire abandonou a vida de atirar em coisas e se tornou uma ativista de ONGs anti-Umbrella, enquanto Leon... Bem, ele já era agente do governo nessa época.

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Sou provavelmente a única criatura que nunca achou a Claire bonita, pois bem... Ela ficou muito gata nesse filme D:

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Leon S. Kennedy, agente do governo estadunidense. Permissão para matar, usar jaqueta cool e um penteado emo que obstrui o campo de visão.

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Os assistentes de protagonização. Disponibilizados pela S.R.T. Special Response Team

O som também é ótimo e bla bla bla... Mas agora o enredo e os detalhes. Como já disse o filme realmente é digno da série e retoma a história sem distorções enormes. Mas devemos admitir certas coisas:
  1. Isso ainda é um filme, não há como escapar de hollywood no cinema, ainda mais num filme de ação. Por isso ainda teremos draminhas emocionais, movimentos na velocidade da luz, gente sendo arremessada 20m pra longe e sobrevivendo sem ossos quebrados,contato humano e um romance pra completar.
  2.  ACABOU! RACCOON CITY JÁ ERA, UMBRELLA JÁ ERA! ou seja, embora o filme use aspectos dos RE1-3 é impossível não ir além e criar coisas novas (e não tão agradáveis) como as que se vê em RE4 e possivelmente em RE5.
A trama como um todo migra para um meio bem mais focado em conspirações governamentais e grandes corporações, isso já era meio evidente nos primeiros RE, mas fica totalmente claro agora que há um episódio "oficial" passado dentro dos EUA e afastado do "núcleo Umbrella".
Durante a animação aparecem duas novas corporações(que não concorrem entre si) levando em frente o legado da Umbrella, isso somado com os mistérios da Umbrella e do governo deixa o enredo bem menos esclarecedor, o filme permanece em grande parte com as "pontas soltas" no universo de RE, mas parece estar muito mais inserido em RE4-5 do que em RE1-3, e não dá muitas explicações para o que ficou em aberto em RE1-3.
Os fãs de zumbis podem ficar tranqüilos, muitos já devem ter visto zumbis nos trailers, e mesmo no fim do filme parece que os Vírus encontram quem se importe em guardá-los para uso futuro ;)
Além das corporações há agora o líder da República de Bajirib, Miguel Grande, que está na lista de financiadores do terrorismo. Grande não aparece tão diretamente quanto as corporações, mas tudo leva a crer que ele vai desempenhar um papel grande na série daqui pra frente, inclusive é possível deduzir que a República de Bajirib fica na África e é o país onde Chris atuará em RE5(pelo nome do país, óbvio); na América Latina(pelo nome do ditador) e é meio que uma alusão à Venezuela; ou fruto de um dos não poucos movimentos separatistas espanhóis(o menos provável, mas é possível pelo nome dele e pelo fato da Espanha já ter sido cenário de um jogo da série), conspirações à parte Bajirib e Miguel Grande são nomes que é melhor anotar.

Enfim, acho que deu pra entender. O filme é bom, honra o nome da série e é coerente com os eventos anteriores. Mas quem esperava revelações importantes pode se decepcionar um pouco, são geradas muito mais perguntas do que respostas(que provavelmente serão respondidas em RE5, junto com mais perguntas).



Sinal de vida

Olá visitantes aleatórios. Estou aqui basicamente para esclarecer que apesar da ausência do post prometido há tanto tempo não, eu não morri, eu não arranjei uma fêmea de Homo Sapiens Sapiens(nem de qualquer outra subespécie) para me relacionar, eu não arranjei um emprego nem estou ocupado com vestibulares e trabalhos escolares. Sim, estou atrasando o post por mera preguiça de terminá-lo!
Aproveitando meu período de férias do blog que - também eu - espero que acabe logo, estarei assistindo hoje Resident Evil Degeneration e talvez sendo o brasileiro de número 10^100  um a realizar um review deste.
Para finalizar gostaria de pedir desculpas especiais ao leitor tão nerd que se recusa a aparecer em público comentando(sim, assim como mulheres gostam de ser paparicadas com flores e chocolates blogueiros gostam de comentários) Kylar, que todo santo dia me enche o saco perguntando se já postei o nov post (: E também deixar mais uma frase de sabedoria astrológica orkutiana(alias, anotem ai, vai ter um post sobre isso)
"Sorte de hoje: Nós somos o que pensamos (só não pense que você é um super-herói e não tente voar)"
Amém!

Só isso e adeus!

ps.: enquanto escrevia esse post o café que eu estava fazendo ferveu, além de ter ficado fraco. Como meu café não ferve nem fica fraco, vão todos pro inferno bando de olho-gordo :(

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O orkut e a restrição

Bem, vou começar o post falando do último post. Sim, o orkut está de fato numa fase assistencialista, pegando a onda do pseudo-moralismo-filantrópico-intelectual-não-comunista. Vide minha sorte do dia:
"Sorte de hoje: Faça uma boa ação por alguém hoje"
Orkut por um mundo mais digitalmente incluído

Agora, ironicamente o orkut é um site de relacionamentos pseudo-moralista-filantrópico-cult-intelectual-comunista-que-prega-o-amor-universal-e-o-fim-das-barreiras-nacionais-entre-pessoas-afinal-somos-todos-humanos cujo principal recurso que o Myspace não tem(excluindo Buddypoke e essas boiolagens) é a capacidade de "socialização seletiva" ou misantropia pura mesmo.

Com seu layout tr00 norwegian dark humanity hate from hell e a capacidade de não se socializar o Orkut está se tornando o favorito entre os misantropos do metal extremo.

Tudo começou quando ganhamos a habilidade de trancar fotos pelo que eu me lembre. Um grande soco no estômago dos stalkers, voyeurs, platonistas, ex revoltados e desocupados que ficam fuçando albuns alheios.
Logo depois foram scraps e depoimentos, ótimo, agora só seus amigos que acessam p0rn sem cuidado algum lhe enviariam montanhas de spam.
Mas enfim chegou a solução final. Só gente de determinado país poderia adicionar perfil. Sim, finalmente um "brazilians GTFO".(ironicamente metade dos fakes do Hitler aceitam amiguinhos do mundo todo o.O)
E agora a nova inutilidade do orkut, seletividade total nos seus albuns. Você é nazi e não quer que seu tio judeu veja suas fotos do desfile da SS? Bloqueia o albúm pra ele; Você é poligamico mas suas companheiras não sabem? Faça um album pra cada uma! Você é comunista mas não quer que os camaradas vejam seu Xbox e seu telão de plasma? Cadeado no album!

Cada uma que me aparece...

(e sim, tem um post decente no forno, mas acho que não sai hoje)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Escrachando a sorte do dia #3

Sério, acho que alguma entidade filantrópica andou pedindo halp pro google e também um bando de nutricionistas chatos reclamou sobre os jovens estarem usando demais o orkut ao invés de se exercitar(o que pra maioria dos nossos jovens significa fazer um bebê, presumo eu õ.Ô)
Vide essas sortes do dia
"Junte algumas roupas velhas e doe para quem precisa"(essa eu tirei há uns dias)(como se eu tivesse roupas)

E hoje:
"Sorte de hoje: Pratique exercícios hoje"
Será que os km que meu Soldier do Anarchy Online vai ter que percorrer até Temple of the Three Winds contam?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Uma breve história da geekice e suas conquistas

Há basicamente dois modos de preservar a espécie:
- Sendo um macho/femea alfa dominante com genes overpower e fazendo séquisso sem camisinha com outros do mesmo tipo até você ter uma milicia pessoal de descendentes.(eu disse preservar a espécie, não o planeta)
Nesse primeiro tipo estão incluidos os vikings, os espartanos, os funkeiros, os playboys e etc.
Não se iluda pela 13ª vez, esses são vikings do primeiro tipo.
Esses estão mais pro segundo tipo, descrito abaixo.

- Dedicando sua vida a jogar RPG e assistir animes e Star Trek desenvolver novas tecnologias que permitam ao ser humano reinar soberano no planeta.
Nesse segundo tipo estão enqüadrados aqueles seres geralmente descartados pela seleção natural por terem espinhas demais para atrair espécimes do sexo oposto. Sim, os geeks!

Não, não é um antro de geeks

As conquistas dos geeks vem de muito tempo atrás, muito mesmo. Quando mindfucks eram desenhados em paredes de cavernas e você cagava rochas quando via. Ou você acha que foi um guerreiro que pensou que a pele dos mamutes poderia servir outro propósito que não fosse ser comida? Ou que um guerreiro decidiu por uma pedra afiada na ponta de um pau para poder caçar mamutes? Ou que um outro guerreiro que achou que esfregando duas pedrinhas perto de gravetos alguma coisa ia explodir? Não amigiuinhos, foram os geeks das cavernas que inventaram o vestuário, as lanças e o manuseio do fogo.

Conseguimos o fogo? Agora vamos tentar os binômios de Newton, a relatividade e a bomba atômica gente!

Anos e anos se passaram então. A era do gelo acabou, o homem de Neanderthal foi extinto e com ele se perderam os binômios de Newton, a relatividade e a bomba atômica(não por muito tempo). Agora estamos no mundo antigo, onde os intelectuais gregos ouviam Raul Seixas e brisavam filosofavam incessantemente sobre questões políticas e existenciais.
É nesse período que aparecem os primeiros geeks que odiamos conhecemos atualmente.Platão, Aristóteles, Pitágoras, Péricles, Alexandre e tantos outros.

Mamãe, derrotei os Sírios, os Persas e os Egípcios antes de chegar nas Future Tech!

Na Grécia Antiga os geeks adquiriram preocupações muito mais espirituais, se dedicando a encontrar o sistema político perfeito, definir a origem do seu fracasso com as mulheres e fundar escolas secretas pra jogar RPG criar conceitos matemáticos bizarros que explicassem o sentido da vida, do universo e tudo mais(infelizmente o sistema numérico grego acabava no 41, portanto nunca chegaram numa conclusão concreta quanto a isso).

Pítagoras: 1d4 moedas de our... Digo, a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.


Símbolo da escola pitagórica, agora você sabe porque todo mundo acha que D&D é do diabo.

Entretanto nada que é bom dura pra sempre, e a Grécia antiga foi pro saco. A nossa próxima parada seria o império romano, mas além de eu estar com uma puta preguiça basta esclarecer que no começo os romanos pagavam pau pros gregos e depois pros cristãos. Vamos à idade média.

A idade média foi um período negro, a igreja dominava todo o mundo e com toda sua sabedoria proibiu os estudos de física e matemática, pra alegria dos machos/femeas alfa dominante. Nesse tempo os geeks não podiam nem jogar RPG pelos princípios estatísticos empregados nos jogos, por isso se dedicavam a escrever aventuras e criar compêndios de equipamentos mágicos ou monstros que mais tarde viriam a ser utilizados por nós no futuro.

Uma das grandes conquistas dos geeks da idade média, os dragões.

Mas nem tudo que é ruim dura pra sempre, e o poder da igreja começou a decair, abrindo espaço para a volta dos estudos físicos/matemáticos. Dessa vez as principais preocupações estavam relacionadas com o céu. Era necessário estudar cuidadosamente a posição dos planetas, satélites e estrelas e seu aspecto para determinar se poderia haver uma campanha de sci-fi neles ou não a posição da terra no universo e classificar os vários tipos de corpos celestes existentes.
Dentre estes estudiosos se destaca Galileu Galilei, que tunou os telescópios da época para fazer descobertas incríveis.

"Eu te disse que a calcinha da vizinha era vermelha! Agora passa os cinco mangos pra cá filho."

Não muito tempo depois todas essas descobertas levaram à uma febre de boardgames sobre exploração marítima e batalhas épicas no mar. Algo como um Star Trek marinho onde os geeks tentavam descobrir novas vidas e civilizações, audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve.

Screenshot de jogo datado do século XV

Não demorou muito até alguém querer uma versão live-action dos famosos jogos de tabuleiro, então um bando de geeks portugueses(sim, existe vida inteligente lá!) decidiu criar uma escolinha à grega para criar bonecos em escala real, definir regras e mapas de viagem. O resultado das aventuras em live-action foi o desenvolvimento do Age of Empires III.

Bloom shading, um dos avanços dos geeks nativos da américa que foi "amigavelmente incorporado" pelos europeus.


Dai pra frente foi tudo farra, brotavam físicos até de baixo da terra, as tecnologias evoluiam rapidamente, as crianças sofriam cada vez mais nas aulas de ciências exatas; a única coisa que permaneceu foi a má sorte dos geeks com as mulheres.
E lá pelo século XIV aparece o primeiro programador desse mundo, o vanguardista das tendências geek que seriam as mais populares até os dias atuais. Perai, eu disse O primeirO programador? Não, é A primeirA programadorA.
Sim, Ada Lovelace, filha do poeta mais influente do byronismo(te dou um doce se acertar o nome dele) é considerada a primeira programadora do mundo.

"Caguem tijolos! Eu sou foda e não tenho bolas!"
E sim, além de ser a primeira programadora Ada era gatxenha, comparecia em diversos bailes e arrazava corações nos embalos de sábado à noite. Apesar de tudo é dito que mesmo depois de casada ela não abandonou a paixão pela matemática, o que deve ter rendido ao seu esposo muitas noites de "hoje não querido, tá compilando".

Eu poderia ficar o resto do dia inteiro aqui escrevendo sobre os grandes geeks que vieram depois, mas considerando que há 5 para cada pokémon existente, bem, vamos passar mais rapidamente pelo século XX.
O século XX começou frustrante para os jogadores de FPS, a WWI foi uma camperagem infernal. Mas grandes inovações surgiram: os tanques, os snipers, a artilharia de looooooonga distância, as submetralhadoras, a marcha interrupta etc e tal.

"Vamo vê se isso não faz os alemães saírem das trincheiras."

Não muito tempo depois todas essas inovações culminaram no evento histórico mais surrado, explorado, utilizado, desgastado por game developpers e flammers da usenet: a WWII.
Foi durante a 2ª guerra que tivemos clássicos como: Axis & Allies, Day of Defeat, Call of Duty, Battlefield 1942... Digo, submetralhadoras thompson(aka tommy gun), B25,Sgt44, Enola gay, bombas atômicas holocausto, Hitler, Normandia etc, etc e etc.

Hitler, a solução final para toda discussão virtual quase perdida.

Logo após veio a guerra fria, que nada mais foi do que uma competição para ver que superpotência geek conseguia construir um carro que atraisse e carregasse mais cocotas e as levasse o mais longe possível. Óbvio que os geeks que participaram no processo ficaram tão entretidos com a física envolvida e com o advento dos computadores que não se importaram com a reprodução da espécie naquele momento.
Para quem vivia no lado capitalista, rico e foderoso da força esse período foi maravilhoso, a única coisa que podia lhe faltar para uma vida feliz eram as AK-47. De resto os estadunidenses tinham comida rica em nutrientes, computadores pessoais e até um protótipo de internet.
Foi pelo fim desse período, entre a década de 80 e 90, que o modo de vida nerd ganhou (má)fama e o esteriótipo clássico foi di(famado)vulgado amplamente por aí.

A imagem clássica de nerds. E o pior: não é invenção de espiões soviéticos tentando difamar as mentes brilhantes dos jovens capitalistas.

E agora, depois de mais de 30.000 anos de viagem, desde os homens de Neandertal que descobriram o binômio de Newton até os geeks que (ainda) não faziam sucesso com as mulheres; estão prontos para ver as maravilhas da cultura geek no século XXI? Ótimo, ai vai:













Naruto

Cosplays maravilhosos

Esse que vos fala

Windows Vista


Mas nem tudo estava perdido para a nova geração. Há um meme para tudo isso compensar:

Mighty facepalm
(versão gigantesca)



Escrachando a sorte do dia #2

Medo dessa aqui, alguém afim de um bolão Café com Sarcasmo?
"Sorte de hoje: Jogue com esses números na loteria: 5, 12, 39, 43, 62, 87"

ps.: sim crianças, estou trabalhando num post de verdade, talvez saia ainda hoje.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Escrachando a Sorte do Dia

Sim, quem lia meu blog antigo com certeza (não) morre de saudades desses momentos de reflexão.

"Sorte de hoje: O pessimismo nunca ganhou nenhuma batalha"
Prova definitiva de que ele funciona.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Aventura épica em Santo Amaro

Bem, para muitas pessoas normais isso vai parecer o relato de um dia normal, tenho plena noção disso. Mas para um nerd recluso que só sai de casa pra comprar pão e ir pra escola...
Parecia um dia normal... Acordei e saí de casa para tomar o ônibus, levava comigo a carteira e nela algum dinheiro para recarregar meu bilhete único.
Dirijo-me ao ponto de ônibus e ao passar o bilhete uma surpresa, não tinha saldo! Ah, mas eu tinha me prevenido e pego uma nota de 10 reais caso isso ocorresse. No entanto isso não foi o suficiente, o cobrador não tinha troco pra 10.
Naquele momento entrei em desespero, então depois de um teste vs. fobia social eu consegui perguntar no ônibus por alguém que conseguisse me trocar a bendita nota, foi ai que eu descobri que aquele lugar escrito "carisma" na minha ficha não era pra ser deixado em branco.(ou que ninguém sai de casa com troco pra 10)
Então segui desesperado a viagem, eu saio de casa cedo, quando os corvos ainda estão ativos grasnando a agonia de almas perdidas, o que significa que não havia muitas pessoas pegando o ônibus. As poucas que haviam tinham bilhetes carregados e não precisavam usar dinheiro.
Chegando no ponto final creio que mais pelo cobrador ser de tendência boa do que eu ter conseguido algum sucesso em um teste de diplomacia ele me deixou descer. Disse-lhe "Sou um andarilho que caça orcs em terras longínquas, mas permanecerei por aqui até poder saldar minha divida" "Eu pego seu ônibus todo dia, então amanhã eu te pago, ok?" e ele "Não esquenta a cabeça não".
Mas esse não era o fim do pesadelo, agora eu havia deixado a segurança do transporte para trás e estava perdido numa zona hostil. Santo Amaro antes do sol nascer no leste é um lugar tocado pelo sopro da corrupção, onde nenhuma luz penetra a densa bruma de terror a iluminação pública pra variar não funciona.

Sério cara, tava desse jeito lá


Todavia eu não havia ignorado a parte da ficha escrito "inteligência", logo que desci do ônibus perguntei a uma senhora onde ficava um ponto de referência próximo ao meu colégio. Foi nesse momento que percebi que havia ignorado também a parte que se chamava "Conhecimento: geografia" e só consegui entender a primeira direção que a senhora me deu.
Agora estava perdido num local onde reina anarquia, o caos e as forças do lorde das tr... o comércio informal, sem arma, sem armadura e sem um celular pra ligar pra mamãe requisitando um UAV. Então apelei novamente pra inteligência, vi passar um ônibus que ia justamente para esse ponto de referência que eu buscava, então tentei acompanhá-lo evitando as ruas mais escuras e após dias de caminhada e batalhas contra tropas de orcs montados em wyverns alguns minutos encontrei o caminho e cheguei na escola.
Mas foi tenso...

O metal segundo os instrumentos

Nota: argh, algumas imagens estão gigantescas para o layout do blog, já vejo o que consigo fazer a respeito
Nota2: pronto, agora só uma está indo pra fora da área de postagem, mas o que eu queria mostrar está dentro então tanto faz.

Ah, o metal! Há muito a ser feito por aquele que deseja entender profundamente esse maravilhoso gênero musical. A questão dos cabelos, da maquiagem, do vestuário, das coreografias nada convencionais(principalmente quando envolvem espadas e machados), enfim, o metal!
ps.: como o metal era em seu início quase um com as bandas de rock clássico algumas serão utilizadas nesse post, apesar de não serem própriamente bandas de metal.

Imaginem o quanto não se pode aprender com eles


Mas por ora vamos nos limitar aos instrumentos. Sim, independente do gênero de metal há inúmeras caracteristicas que a maioria dos músicos compartilham aparentemente devido a tocarem o mesmo instrumento.
Antes revisemos a estrutura básica das bandas de metal: Vocal, guitarra solo, guitarra base, baixo, bateria e teclado(opcional)
Van canto, tenho a impressão de que eles esqueceram de alguns
instrumentos da estrutura básica... No donuts for them.


Vocalista: Junto com o guitarrista solo ele é o dono da banda. Ele poderia ficar pulando feito o baixista, mas ele não precisaria disso pra chamar a atenção(mesmo assim há quem faça para parecer mais gay animar o público), afinal ele tem o microfone. Basta falar algo nesse poderoso amplificador vocal para que a platéia vá ao delírio.
Ele também é quase sempre o mais vaidoso da turma, afinal não dá pra ficar cantando lá na frente com cara de baixista e vestido feito o batera, ser vocal no metal exige glamour!
E é nessa necessidade de glamour que muitos se perdem, o vocalista de uma banda é o que corre o maior risco de ser/se tornar gay/afeminado. Por acaso as bichonas mais po-de-rosas da cena do rock/metal são K. K. Downing e Brian May? Não, são Rob Halford e Freddie Mercury amiguinho.
Ser vocalista de metal é muito mais nobre que sacrificar sua garganta,
é sacrificar sua pose de macho.

Junto com seu visual estilo pavão o vocalista conta com altos papos e cantos à capella pra agradar o público. É comum estes gastarem mais tempo discursando sobre a turnê e o país onde o show atual está rolando e utilizando-se de hilários trocadilhos com nomes de músicas ("You know, São Paulo has a moon in the sky at night, and that's why we're gonna sing Night at the Moon!" *gritos frenéticos da platéia*) do que realmente cantando as músicas.Os à capella são geralmente feitos na intro ou no solo da música pra cortar o barato do guitarrista solo ("porra, só eu posso tocar essa parte!") e dar uma aula de canto gratuita pra galerë subdesenvolvida de 3º mundo.

Guitarrista solo: o guitarrista solo é a alma da banda, ao menos na cabeça dele. Ele não toca a guitarra, ela que canta pra ele; a platéia não está lá pra ver a banda, está lá pra ver ele; deus não fez o homem imagem e semelhança de deus, fez imagem e semelhança dele(e diga-se de passagem, muito porcamente, ele mesmo poderia ter feito melhor).
Junto com o vocalista ele tem o privilégio de não precisar fazer coreografias ridiculas para ser notado. Ah, mas tendo um cabelo tão bonito e sedoso quem resistiria a tentação de ficar balançando-o tão frenéticamente pelo ar enquanto toca o solo mais poderoso do mundo(óbviamente uma composição própria)?
Também junto com os vocalistas os guitarristas solo são os que mais cuidam do visual, não pra agradar o público(assim fosse o guitarrista provavelmente diria que a melhor opção é tocar pelado), mas sim para amplificar seu ego além dos limites da imaginação humana.

Não, não é o Legolas, é um guitarrista solo.

É claro que alguns cabelos são imunes à progressivas, hidratações, permanentes e o escambau, nesse caso se obtém um outro tipo de guitarrista solo comum, aquele de cabelo armado que compensa a falta de beleza capilar com roupitchas e instrumentos legais(ps.: mas jamais pense que ele vá concordar que o cabelo dele é feio).

Não, não é um esfregão. É um aprendiz de guitarrista solo.

Portanto, junto com o vocalista o guitarrista solo forma a pedra fundamental da banda, a parte que converge todo o público numa épica sinfônia de adrenalina. Amém.

Guitarrista base: é provavelmente o mais modesto da banda. Só cuida do visual porque quer, toca porque acha legal, chacoalha a cabeça porque acha legal e não se importa se o guitarrista solo toca todas as partes legais da música, pra ele é legal ficar tocando power chords frenéticamente.
De vez em quando o guitarrista solo cede um ou outro riff, que ele toca com carinho, ou um espaço na frente do palco, que ele também aproveita com moderação.
A felicidade dele vem de saber que querendo aparecer ou não ele é importante pra dar peso ao som da banda e principalmente que no fim do show ele vai encontrar um contracheque e uma groupie seminua com uma garrafa de conhaque nas mãos.
As vezes esses nobres Budas são até mais participativos que o guitarrista solo, compoem as melhores letras, tem o melhor backing vocal ou até mesmo tocam melhor. Mas quem precisa saber disso? Quem precisa de uma multidão de fãs fanáticos? Não ele.

Um guitarrista base aproveitando seu momento de glória.
Ele sabe que pulando feito uma galinha ou não, irão ter fotos dele.

É comum algumas bandas terem um guitarrista que faz os dois papéis ou dois guitarristas que alternam os papéis, nesse caso torna-se imprevisível o comportamento deste(s), pode ser que seja modesto, pode ser que seja egocêntrico. Pode ser que o que toca mais solos seja egocêntrico e frituoso, pode ser que não...

Baterista: o baterista não é necessariamente tão modesto quanto o guitarrista base, ele só não pode aparecer tanto, afinal escolheu tocar um instrumento que o obriga a ficar sentado num banquinho atrás de tambores enormes.
Não se iluda, há 3 bateristas e 25 ninjas nessa foto.

Geralmente estes são obrigados a serem os menos tr00 da banda. Ficar sentado num banquinho mechendo os braços e pernas frenéticamente por duas horas com roupas de couro não é nada confortável. Alguns não tem vergonha disso e vão totalmente orgulhosos vestidos pro show como se estivessem indo pra praia, regata, bermudão e pés descalços.
Mas não se engane companheiro, o baterista é quase sempre o que tem mais cara de mal na banda inteira, e quando ele quer ele sabe aparecer. Ele sabe que até no metal ninguém resiste a um bate forte o tambor, e ele também sabe que o som de seu instrumento é alto pra cacete. Basta o guitarrista solo e o vocalista baixarem a guarda para ele começar a fazer malabarismos com as baquetas enquanto toca num ritmo contagiante e rouba a cena.

Baixista: primeiramente devo esclarecer aqui que aquela guitarra de quatro cordas que você geralmente vê na verdade se chama baixo, e que se você disser a um baixista que um baixo é uma guitarra de quatro cordas é melhor que você esteja armado com um instrumento que faça som(aka uma guitarra de verdade).
Enfim, sabem aquele som profundo e grave que você geralmente ouve nas suas músicas? Eu também não, mas diz a lenda que esse som existe e vem do baixo.
Como podem perceber o baixo é o instrumento com o som mais... ahn... baixo. Como poucos guitarristas/vocalistas dão espaço para solos/riffs de baixo a função dele acaba sendo dar "suporte" no ritmo da música e fazer o som da guitarra/voz do vocalista parecer menos agudo e estridente. Logo, a função do som do baixo é não ser percebido, e o bom baixista é aquele que faz parecer que é o vocalista/guitarrista solo que toca bem.
Mas os baixistas não são guitarristas base, eles não se contentam somente em fazer o bem da banda, eles precisam de atenção. É por isso que ao longo dos milênios estes desenvolveram adaptações naturais e técnicas complexas para conseguirem ser vistos no palco.
Por seleção natural os baixistas são geralmente altos, tão altos que a iluminação do show pode ser colocada nos mamilos deles(eles geralmente também usam holofotes na cabeça, mas o propósito desses é sinalização aérea mesmo). Isso faz com que os baixistas sejam os únicos objetos que podem ser vistos do espaço(não se deixe enganar, a muralha da China é uma estátua de um baixista, deitado, bem sucedido na arte de aparecer pro público)

Amplificadores? Aquilo lá atrás são prédios!

Por serem também magros os baixistas são extremamente ágeis, é assim que eles atacam. Sempre que o guitarrista solo começa a olhar pra baixo(não pra ver a guitarra, ele não precisa ver para tocar, é para admirar seu órgão fálico mesmo) eles se deslocam como velocirraptores famintos para frente do palco, chacoalham a cabeça, pulam, tem uma epilepsia, berram "filma eu Galvão" e voltam discretamente para o fundo do palco assim que o guitarrista solo termina sua sessão de autofelação.
É assim que os baixistas garantem que apesar de não serem ouvidos, serão lembrados e também terão groupies com garrafas de conhaque depois do show.

Como vemos, as bandas de metal são uma grande luta por atenção travada contra o guitarrista solo. O vocalista sabe que só vai lucrar sendo amiguinho dele, o guitarrista base tem equipamento pra lutar de igual pra igual mas não se importa, o baterista tenta em vão atacar o guitarrista solo de frente, e o baixista aproveita quando o guitarrista solo não esta prestanto atenção. Portanto, não há ninguém que bata o guitarrista solo em termos de ego e auto promoção... Mas perai, o que foi esse barulho?


O tecladista: eis que chega uma alma capaz de roubar a atenção do guitarrista solo :O
Enquanto é geralmente restrito às bandas de melódico o teclado é um potente adversário, mesmo quando restrito à fazer o "ambiente" da música o tecladista consegue com sua técnica e virtuosismo ser notado, e é comum em algumas bandas de progressivo que ocorram duelos durante os solos entre as duas potências do attention whore.
Herdando a veia erudita de seus antepassados pianistas o tecladista é capaz de decifrar mensagens que nenhum guitarrista solo nesse mundo jamais foi capaz de ler: partituras. Com estes pergaminhos de conhecimento antigo os tecladistas elevam seu potencial para níveis que desafiam a soberania da guitarra.
Com seus inúmeros sintetizadores o tecladista também tem a superioridade de efeitos psicodélicos e nonsense sobre os pedais do guitarrista, mais um ponto pra ele.
Mas é a vantagem numérica que deu a possibilidade de um tecladista um dia vencer o tirano das seis cordas. Enquanto há por ai até guitarras de três braços, bem...

Não se iluda novamente. Há 251 teclados, 3 tecladistas,
42 ninjas, 36 casais de lésbicas e 20 elefantes nessa foto

Sim, com meia duzia ou mais de teclados, dezenas de sintetizadores, o conhecimento das partituras e mãos ágeis o tecladista finalmente conseguiu subjugar não só o guitarrista solo como todo o resto da banda, se duvidam vejam Rick Wakeman tocando alguma coisa ao vivo.
Mas como nosso ilustre companheiro conseguirá aparecer na frente do palco quando fica cercado nesse chiqueirinho de teclados? Isso tornaria o tecladista uma força invisivel e sobrenatural que apesar de ser maior que o guitarrista não pode ser vista.
Assim era até os anos 80, quando através de engenharia reversa um grupo de tecladistas soviéticos desenvolveram o keytar!

Tecnologia comunista + destreza capitalista =
um instrumento ridiculo, mas que tem poder

Apesar de te fazer parecer um babaca e de ter menos teclas que um teclado convencional o keytar adicionou mobilidade ao tecladista, tornando-o uma máquina de chamar atenção. Morram guitarristas solo!

Bem, é isso. Fim de post.



Inauguração

Bem, certo, odeio essa parte...
Sim, esse sou eu. Não, eu não sou o primo itt

Meu nome é Brian, tenho dezesseis anos, sou um nerd aleatório filho do carbono e do amoníaco. Apesar de ser feio pra caramba não sou um monstro de escuridão e rutilância, mas como nerd sofro a influência má dos signos do zodíaco com as mulheres desde a epigênesis da infância.
Minha vida diária é dividida em três períodos: escola(aka Ler algo mais interessante que os livros de espanhol), casa(aka coffee & computer) e casa II(aka cama). Simples e prático.
Além disso sou gamer(FPS, RPGs, Simuladores e etc.), headbanger(as vezes rola um blues ou música erudita) e caguem tijolos: eu leio Dostoevsky e sei falar o nome completo dele!
Agora vamos falar do blog. Por que raios um blog e não um cachorrinho? Bem, já tive uma porção de blogs e já postei infinidades de coisas que se postam em blogs: já tentei parecer pseudo intelectual, mas descobri que discutir cansa; já tentei falar sobre minha vida, mas descobri que se fosse pra ler sobre um adolescente que passa o dia inteiro na frente de uma tela meus leitores leriam seus próprios blogs *run to the hills*; já tentei escrever poesia/prosa mas descobri que minha preguiça é maior que minha criatividade... Que restou? Sim, me restou o caminho clássico ao sucesso no universo virtual, tentar ser engraçado.
É isso, agora, com vocês o meu mais novo investimento a ir por água abaixo!